ANITTA, EM CENA DO VÍDEO DE "VAI MALANDRA". Por Alexandre Figueiredo Em um ano como 2017, que a MPB perdeu, pelo menos, três notáveis compositores - Belchior, Luís Melodia e Almir Guineto - , o comercialismo musical brasileiro, cujas tentativas remetem a, pelo menos, 50 anos atrás, consolidou seu domínio, dando fim, infelizmente, a uma época de música popular de qualidade e uma aliança entre universitários e artistas populares. Enquanto isso, a MPB autêntica sofre um período de acomodação, com a onda de homenagens intermináveis, tributos que parecem sinalizar que a Música Popular Brasileira, tal como conhecíamos desde 1965, tornou-se coisa do passado. Não que a MPB soasse datada, mas o mercado e a mídia parecem desestimulados em divulgar qualquer renovação artística da música de qualidade. Todo um caminho de persuasão ideológica se deu para se chegar à supremacia absoluta da geração recente do brega-popularesco, a dos "pós-bregas", o pop comercial brasile...