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Mostrando postagens de novembro, 2009

"FUNK CARIOCA": O CONTRASTE ENTRE O DISCURSO E A REALIDADE

"FUNK CARIOCA": O CONTRASTE ENTRE O DISCURSO E A REALIDADE Por Alexandre Figueiredo Nos últimos anos, o "funk carioca" se destacou como um fenômeno peculiar, muito menos pela sua suposta qualidade artística do que pelo discurso altamente engenhoso que o ritmo recebe pelos seus defensores. O sistema retórico é de certa forma tão habilidoso que esse discurso, em si, está garantindo não somente a sobrevida do "funk" como um modismo dançante como está permitindo que ele penetre em espaços e redutos antes inimagináveis, recebendo o apoio nunca cogitável de intelectuais, professores, jornalistas, artistas e até mesmo políticos de esquerda. O que levou o "funk" a tomar um rumo fenomenológico que o faz próximo de se tornar, ainda que pela via política, um "patrimônio cultural", ou pelo menos um "movimento cultural de caráter popular", é algo inédito no Brasil e revela o quanto a intelectualidade brasileira não está preparad

MORRE ARQUITETO ACÁCIO GIL BORSOI

Da Assessoria de Comunicação do IPHAN O Brasil perdeu ontem, dia 4 de novembro de 2009, um grande nome da arquitetura nacional. Morreu, em São Paulo, o arquiteto e urbanista Acácio Gil Borsoi. Carioca, nascido em 1924 e radicado em Pernambuco há 56 anos, ele foi casado com a também arquiteta e pernambucana Janete Costa, que faleceu em 2008. Formado em 1949 pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil – FNA, chegou a estagiar no escritório de Affonso Eduardo Reidy, onde participou do projeto do Conjunto Habitacional do Pedregulho, no Rio de Janeiro. Borsoi atuou como consultor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan, atual Iphan) por 15 anos. Mudou-se para o Recife em 1951, quando foi convidado a assumir a cadeira de pequenas composições da Escola de Belas Artes de Pernambuco. Em 1964, foi responsável pela reformulação do curso de arquitetura da Escola. Mais tarde, assumiu a cadeira de grandes composições no lugar do arquiteto italiano Mario Ru

MORRE CLAUDE LEVI-STRAUSS

Por Alexandre Figueiredo Há quase um ano, foi publicado um texto sobre ele, neste link. Era a comemoração do centenário do antropólogo Claude Levi-Strauss, que faleceu no último sábado. O óbito, no entanto, foi divulgado hoje, além da informação de que o cientista social sofria do mal de Parkinson. Suas ideias influenciaram a sociologia, a filosofia, a história, a teoria literária e, evidentemente, a própria antropologia, que se transformou decisivamente devido à abordagem estruturalista de Levi-Strauss. Ele foi o intelectual estrangeiro convidado para lecionar na então recém-fundada Universidade de São Paulo (USP), em 1934. Depois, realizou pesquisas diversas no Centro-Oeste e Norte brasileiros, estudando várias tribos indígenas. O livro Tristes Trópicos, de 1955, é um relato abrangente destas pesquisas. Segundo o antropólogo e coordenador do Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, José Ribamar Bessa Freire, que foi