Por Alexandre Figueiredo
As cidades de Cuiabá, capital do Mato Grosso, e de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, são contempladas por iniciativas de revalorização do patrimônio histórico promovidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Em Cuiabá, já se encontra em funcionamento a Casa Barão de Melgaço, que abriga o Instituto Histórico e Geográfico do Mato Grosso (IHGMT) e também sedia a Academia Matogrossense de Letras (AML), restaurada e reaberta ao público no último dia 06, em cerimônia que contou com a presença das presidentes do IPHAN, Kátia Bogéa, do IHGMT, Elizabeth Madureira, e da AML, Marília Figueiredo Leite.
A restauração, feita com investimento de R$ 690 mil vindas de recursos do PAC Cidades Históricas, envolveu a cobertura do edifício, a pintura da fachada, a recuperação de estruturas danificadas como o madeiramento de telhados, pisos e esquadrias, o reparo nas alvenarias, a substituição de instalações elétricas e sanitárias, instalações de combate a incêndio e isolamento térmico da cobertura.
A casa foi construída entre 1775 e 1777, sendo uma das construções históricas do final do período colonial no centro do Brasil e um dos símbolos da sociedade local da época. O edifício era residência do francês naturalizado brasileiro, o almirante Augusto João Manuel Leverger, que, pela sua contribuição à Guerra do Paraguai, recebeu do imperador Dom Pedro II o título de Barão de Melgaço. O título também acabou rebatizando a rua da residência, antes Rua do Campo.
O IPHAN anunciou um investimento de R$ 10,49 milhões do PAC Cidades Históricas para revitalização de áreas históricas da capital matogrossense, totalizando 16 ações que envolvem diversos espaços urbanos e edifícios históricos com importante função social na cidade. Depois da Casa Barão de Melgaço, outras seis ações se encontram em andamento.
Em relação a Campo Grande, uma reunião foi realizada no sentido de discutir investimentos para revitalização do Centro Histórico local, ocorrida no último dia 12 com a presença de Kátia Bogéa, do diretor do PAC Cidades Históricas, Robson de Almeida, da superintendente (18ª SR) do IPHAN no Mato Grosso do Sul (diferente da de Mato Grosso, que é 14sr junto a Goiás e Tocantins), Norma Daris.
Eles se reuniram com representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, visando um acordo de R$ 56 milhões destinados às diversas atividades do projeto Reviva Centro.
As obras visam a promoção da requalificação urbana, permitindo a acessibilidade e fortalecendo o planejamento e a mobilidade urbana como meios de permitir a visita dos importantes edifícios históricos da capital sulmatogrossense, além dos próprios lugares que compõem a área urbana da cidade.
O IPHAN irá monitorar as ações que envolvem o complexo ferroviário localizado no entorno da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, tombado pelo instituto. A autarquia, através da 18ª Superintendência Regional, se comprometeu a dar assistência técnica e orientação às ações, garantindo a proteção do sítio histórico.
A licitação e a realização das obras do Reviva Centro estão previstas para o segundo semestre deste ano. Entre as atividades anunciadas estão a instalação de fiação subterrânea, reorganização do tráfego, ampliação de calçadas, instalação de lugares para descanso e implantação de sinalização nas áreas históricas e seus edifícios.
A revitalização do Centro Histórico de Campo Grande também envolve a requalificação do passeio público nas áreas do Mercado Municipal e do Horto Florestal, que será interligada à Orla Ferroviária. Os primeiros logradouros a serem contemplados pelos trabalhos serão as ruas 14 de Julho e Sete de Setembro e a Av. Mato Grosso.
FONTES: IPHAN, Wikipedia.
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