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Mostrando postagens de maio, 2006

A PERIGOSA EXPLORAÇÃO PELA MÍDIA DA CULTURA POPULAR

Por Alexandre Figueiredo O maior patrimônio do povo brasileiro corre o risco de ser empastelado, diluído, distorcido, e ninguém se dá conta da gravidade disso. Para tornar a situação cada vez pior, essa destruição é promovida pela grande mídia como se fosse uma virtude, um ponto positivo, um manifesto da livre iniciativa das populações pobres. Nenhuma das contradições existentes é considerada. Nenhum dos aspectos ocultos é sequer cogitado. Tudo é maravilhoso, na abordagem da grande mídia. Esse verdadeiro ato de vandalismo corresponde à música brega e popularesca, que nos últimos anos luta para tirar qualquer vestígio de cultura popular autêntica do acesso ao povo. Sua propagação, no entanto, desafia a sociedade, uma vez que surgem novos agentes de sua perpetuação, ou seja, antropólogos e sociólogos, que, em argumentações sutis, vendem essa música claramente comercial e grosseira, descendente direta de mecanismos de controle social durante a ditadura militar, como se fosse um "novo

RIO DE JANEIRO: APOGEU E DECLÍNIO DE UMA CAPITAL FEDERAL (*)

Por Alexandre Figueiredo Em março de 2006, tropas do Exército invadiram algumas favelas cariocas para buscar o armamento que foi roubado pelos traficantes. A iniciativa é considerada polêmica, ante o quadro de insegurança e precariedade operacional de nossa polícia, cujo armamento é mais defasado do que o das quadrilhas criminosas, que chegam a obter armamentos de última geração, recém-utilizados por milícias do Oriente Médio. Quem aprova a operação do Exército afirma que ela é urgente para acabar com a criminalidade, ante a impotência da polícia. Mas quem reprova afirma que se trata de um ato de truculência contra as populações trabalhadoras que vivem nas favelas. A violência do Rio é uma história muito longa. Ela resulta de distorções causadas por projetos de urbanização e construção de avenidas que não indenizaram devidamente a população que, aos montes de indivíduos, residiam nas inúmeras casas posteriormente destruídas. Para entender a história do Rio de Janeiro, que durante quase