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Mostrando postagens de março, 2016

A CRISE CULTURAL QUE O GRANDE PÚBLICO NÃO SABE NEM QUER SABER

O CANTOR DE FORRÓ-BREGA, WESLEY SAFADÃO, JÁ É MAIS RICO DO QUE MUITOS SUPOSTOS BURGUESES DA MPB. Por Alexandre Figueiredo A crise na cultura brasileira existe. Mas muitas pessoas não conseguem perceber. Tanto pela desinformação quanto pela ilusão de que a aparente versatilidade de expressões na Internet faz as pessoas se iludirem pensando que tudo está bem. Não está. Se o fluxo de informações parece, em tese, muito grande e variado, não é por isso que a cultura brasileira esteja vivendo a sua fase áurea. A forma com que prevalecem certas expressões sobre outras é que torna essa suposta variedade desigual, em que a cultura de qualidade nem sempre é estimulada a ser apreciada pelo grande público. Nem sempre? Talvez quase nunca. Nas discussões que envolvem a Lei Rouanet, a gravidade do problema está no fato de que o comercialismo se sobrepõe ao artístico-cultural. Sob o pretexto de "não haver preconceitos", é sempre a cultura de qualidade que é prejudicada, enquanto aq

DEZ ANOS DE ENSAIOS PATRIMONIAIS

Por Alexandre Figueiredo O que é o patrimônio cultural? Numa sociedade marcada pela curtição alienada e pelo consumismo, as pessoas não entendem. Acham que é um entulho velho guardado num porão onde ninguém há muito tempo visita, ou uma herança que poucos têm interesse em assumir. É complicado criar uma página sobre patrimônio cultural se esse tema não garante visibilidade. E, há exatos dez anos, arriscar a criar uma página com informações mensais, divulgando as principais atividades do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional sem estar institucionalmente vinculado, era uma coisa inédita que parecia não ser bem sucedida. Aliás, o não-vínculo institucional se deu porque eu havia feito um concurso para o IPHAN, em 2005, o primeiro sob a gestão de Antônio Augusto Arantes e também o primeiro depois que foi criado um decreto-lei regulamentando o patrimônio imaterial, o Decreto-Lei 3.551 de 04 de agosto de 2000, e, por razões alheias à minha vontade, não fui aprovado.