Por Alexandre Figueiredo
No último dia 30 de setembro, foi inaugurada, no Palácio do Planalto, em Brasília, a exposição Bem do Brasil, em cerimônia aberta pelo presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Luiz Fernando de Almeida.
A mostra Bem do Brasil, Patrimônio Histórico Brasileiro, é uma realização do IPHAN e do Ministério da Cultura, com o patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e organizada pelo Centro Cultural do IPHAN no Paço Imperial (Rio de Janeiro) em colaboração com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular.
O evento, idealizado pelos curadores Lauro Cavalcanti e Victor Burton, se realiza aproveitando a reinauguração do pavimento térreo do Palácio do Planalto, que passou por reformas. A mostra, que reúne 150 obras selecionadas de museus e coleções particulares, juntando obras eruditas e populares, presta tributo a brasileiros notáveis ou anônimos que contribuíram, ao longo dos séculos, para o patrimônio histórico cultural do Brasil.
Sua concepção se deu pelo desafio de apresentar aos visitantes a diversidade dos acervos culturais, das artes sacras à cultura popular e erudita do país, de forma a estimular a reflexão e a apreciação da diversidade dos acervos culturais.
Os cenários da religiosidade do tema Brasil e seu Imaginário, considerado ponto de partida da exposição, são compostos por castiçais, oratórios mineiros e baianos, imagens de reis, santas e santos de igrejas de Pernambuco e de Sergipe, esculturas das Missões Jesuíticas no Rio Grande do Sul, ex-votos de romeiros do Ceará e cajados de Pai de Santo.
Em seguida, aparecem as cerâmicas indígenas do Espírito Santo, as carrancas do Velho Chico, a Cabeça Boi Tinga do Pará, as máscaras de Cavalhada de Goiás e bonecos do Jequitinhonha e os instrumentos do Tambor de Crioula do Maranhão, do Tambor de Jongo do Rio de Janeiro e da Viola de Cocho do Mato Grosso. São manifestações que informam os visitantes da sabedoria e do trabalho dessas obras, que são desvendados pela exposição através de formas de madeira utilizadas para preparar a rapadura da cana-de-açúcar, alambiques de cobre para destilar a cachaça e prensas de madeira usadas para o molde do queijo.
Além deles, aparecem também as obras de Taunay, Djanira, Guignard, Di Cavalcanti, Lasar Segall, Athos Bulcão e Mestre Valentim, expressões da diversidade cultural que, reunidas, evocam a evolução das políticas de preservação do patrimônio histórico realizadas desde os primeiros tempos do SPHAN até hoje.
A mostra fica em exibição no Palácio do Planalto até o dia 15 de novembro. Em dezembro, a exposição será realizada no Paço Imperial, no centro carioca, com o acréscimo de várias obras e com o uso de tecnologia moderna de linguagem, que envolve grafismo e projeção de imagem.
FONTES: IPHAN, Correio Braziliense.
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