Pular para o conteúdo principal

IPHAN FAZ CHAMADA PÚBLICA PARA PLANO DE CIDADES HISTÓRICAS



Por Alexandre Figueiredo

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional publicou um informe convocando as cidades históricas a participar da elaboração de planos de ação voltados para gestão e capacidade técnica nas cidades que assinaram o termo de compromisso. A partir do próximo dia 29, serão divulgadas a lista das cidades participantes e os detalhes sobre a capacitação.

Há um mês, o IPHAN publicou uma chamada pública para os planos de ação, destinados aos municípios e conjuntos urbanos que foram tombados pela instituição, para outros que se encontram em processo de tombamento em nível federal e para cidades que tenham lugares registrados como Patrimônio Cultural do Brasil.

O Plano de Ação para Cidades Históricas é um instrumento de gestão que está voltado para o centro histórico de um município. A elaboração do plano tem por um dos objetivos fortalecer a implantação do Sistema Nacional do Patrimônio Cultural.

O plano leva em consideração a relação estabelecida com o conjunto da cidade e da região onde ela se situa, na perspectiva de promover o desenvolvimento local. A partir dessa relação, o plano buscará definir as diretrizes, as metas e as estratégias que serão feitas para uma ação integrada do poder público, devendo servir de orientação para os investimentos em cada município por parte das três esferas de governo, federal, estadual e municipal.

Com o plano, será proposta a articulação das várias ações incidentes sobre o território relacionado, potencializando-as de maneira que mudanças efetivas sejam implantadas. Para isso, devem ser apresentadas propostas e recomendações objetivas, definindo as tarefas a serem feitas e as responsabilidades assumidas, dimensionando prazos, custos e fontes de recursos a serem mobilizados.

O processo de elaboração de cada Plano terá a coordenação da superintendência do IPHAN correspondente ao território em questão, em parceria com o respectivo governo do Estado e com a respectiva prefeitura municipal, constituindo, dessa forma, o primeiro passo na articulação entre os agentes que atuam no território.

Caberá ao IPHAN disponibilizar o apoio técnico para a elaboração dos Planos de Ação, para as orientações metodológicas e para a capacitação dos gestores e técnicos envolvidos diretamente no processo. Por sua vez, a superintendência do IPHAN em cada Estado designará equipe técnica que atuará diretamente nos trabalhos de desenvolvimento dos Planos de Ação, além de fornecer apoio local às atividades de capacitação, difusão e participação da sociedade, pertinentes ao plano.

FONTE: IPHAN

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A POLÊMICA DA HISTÓRIA DAS MENTALIDADES

Por Alexandre Figueiredo Recentemente, a mídia lançou mão da história das mentalidades para legitimar tendências e ídolos musicais de gosto bastante duvidoso. O "funk carioca", o pagode baiano, o forró-brega, o breganejo e outros fenômenos comerciais da música feita no Brasil sempre lançam mão de dados biográficos, de sentimentos, hábitos pessoais dos envolvidos, chegando ao ponto da ostentação da vida pessoal. Também são mostradas platéias, e se faz uma pretensa história sociológica de seus fãs. Fala-se até em "rituais" e as letras de duplo sentido - na maioria das vezes encomendada por executivos de gravadoras ou pelos empresários dos ídolos em questão - são atribuídas a uma suposta expressão da iniciação sexual dos jovens. Com essa exploração das mentalidades de ídolos duvidosos, cujo grande êxito na venda de discos, execução de rádios e apresentações lotadas é simétrico à qualidade musical, parece que a História das Mentalidades, que tomou conta da abordagem his

O RESSENTIMENTO "POSITIVO" DE UMA ESQUERDA FESTIVA E VIRA-LATA

ROGÉRIO SKYLAB ENTREVISTA O PARCEIRO MICHAEL SULLIVAN NO PROGRAMA APRESENTADO PELO PRIMEIRO, MATADOR DE PASSARINHO, DO CANAL BRASIL. Por Alexandre Figueiredo Estranha a esquerda que exerce o protagonismo nos governos de Lula. Uma esquerda não apenas de perfil identitário, o que já causa estranheza, por importar um culturalismo próprio do Partido Democrata, sigla da direita moderada dos EUA. É uma esquerda que prefere apoiar alguns valores conservadores do que outros, mais progressistas, mas vistos erroneamente como "ultrapassados". Trata-se de uma esquerda que, no ideário marxista, se identifica com o perfil pequeno-burguês. Uma "esquerda" de professores, artistas ricos, celebridades, socialites, jornalistas da grande mídia, carregados de um juízo de valor que destoa das causas esquerdistas originais, por estar mais voltado a uma visão hierárquica que vê no povo pobre um bando de idiotas pueris. Essa esquerda está distante do esquerdismo tradicional que, em outros t

OS TATARANETOS DA GERAÇÃO DA REPÚBLICA VELHA

Por Alexandre Figueiredo O que faz a elite que apoia incondicionalmente o governo Lula e obtém hábitos estranhos, que vão desde falar "dialetos" em portinglês - como na frase "Troquei o meu boy  pelo meu dog " - até jogar comida fora depois de comer cinco garfadas de um almoço farto, ser comparável às velhas elites escravocratas, fisiológicas e golpistas do passado, incluindo a "cultura do cabresto" das elites da República Velha? Apesar do verniz de modernidade, progressismo e alegria, a elite que obteve o protagonismo no cenário sociocultural comandado pelo atual mandato de Lula - que sacrificou seus antigos princípios de esquerda preferindo artifícios como a política externa e o fisiologismo político para obter vantagens pessoais - , trata-se da mesma sociedade conservadora que tenta se repaginar apenas expurgando os radicais bolsonaristas, hoje "bodes expiatórios" de tudo de ruim que aconteceu na História do Brasil. A mediocrização cultural, a