Por Alexandre Figueiredo
Por intermédio do PAC das Cidades Históricas, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional segue realizando investimentos em restaurações de igrejas na Bahia, utilizando recursos de R$ 1,6 bilhão. Várias igrejas tiveram obras concluídas, outras ainda estão em andamento e outras ainda a se realizarem.
Durante nove anos, a Capela do Campo Santo, localizada junto ao cemitério do bairro do mesmo nome, situado no caminho entre o Canela e a Federação e situado próximo ao acesso à Av. Centenário, em Salvador, teve que cancelar suas missas devido às obras de restauração.
As missas só foram reiniciadas no templo depois que um minucioso trabalho de restauração fosse concluído e fossem também verificadas condições técnicas de segurança para as pessoas frequentarem o local. No último dia 18, a Capela do Campo Santo foi reinaugurada, voltando a ser uma opção de lazer e religiosidade à população.
Segundo o coordenador da Comissão de Arte Sacra da Arquidiocese de Salvador, Jorge Mendes, sete igrejas já foram restauradas nos últimos anos. Técnicos de entidades de patrimônio cultural, como o próprio IPHAN e o IPAC-BA (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia) estão visitando as igrejas com o objetivo de realizar estudos e buscar soluções. Ainda de acordo com Mendes, muitas igrejas nem sempre necessitam de reparo, mas de intervenções e manutenção.
O Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, esclareceu a respeito dos procedimentos que foram feitos pela entidade em relação às igrejas. Ele descreveu, por exemplo, as dificuldades que fizeram atrasar a reinauguração da Catedral Basílica de Salvador, no Terreiro de Jesus, que seria em agosto, mas as chuvas não possibilitaram a conclusão rápida das obras. Krieger acrescentou, a respeito dos demais trabalhos:
- Temos o Palácio da Sé, que estamos nos momentos finais, em mais algumas semanas deve ser concluído. E tem algumas outras igrejas que estamos tentando (restaurar), como a dos 15 Mistérios e a da Saúde, que o Iphan está para fechar os últimos acertos. Vamos tentando cada vez conseguir mais, porque a cidade merece esse cuidado.
Sobre o custo das obras, o Arcebispo comentou: "As igrejas foram tombadas, o Estado tem obrigação de cuidar de um patrimônio. Por ser tombado, o custo de restauração é quatro, cinco vezes maior. E são igrejas onde muitas vezes não tem mais povo (morando próximo). Quando há uma comunidade viva, ela mesma cuida da restauração, mas quando não há, fica mais difícil".
Entre as igrejas que foram restauradas na Bahia, além da Capela do Campo Santo, outras seis foram reinauguradas: Igreja da Ordem Terceira de São Domingos, Igreja do Santíssimo Sacramento da Rua do Paço, Igreja de São Pedro dos Clérigos, Igreja de Nossa Senhora da Saúde, Igreja do Rosário dos Pretos, Igreja Matriz de Sant’ana e Igreja de Nossa Senhora da Vitória.
Enquanto a Catedral Basílica segue em obras, outras estão ainda aguardando a aplicação de recursos e o início das obras: a Igreja de Nossa Senhora da Saúde, na sua segunda etapa de obras, e a Igreja do Cemitério de Nossa Senhora do Pilar. As demais igrejas contempladas pelas obras, concluídas, em conclusão ou aguardando investimentos, estão localizadas em Mucugê, Rio de Contas, Santo Amaro da Purificação, Itaparica e Maragogipe.
FONTES: IPHAN, Correio da Bahia.
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