RITMISTAS SE APRESENTAM NO DESFILE DO CARNAVAL CARIOCA DE 1965, O CANTO DO CISNE DAS RAÍZES POPULARES. Por Alexandre Figueiredo Em todo ano, nas últimas décadas, a mídia faz uma cobertura entusiasmada do Carnaval, dando a crer que o glamour dos desfiles, simbolizado principalmente por mulheres famosas que se tornam estrelas na ala da bateria de cada escola de samba, continua expressando um vínculo orgânico com as classes populares. Mesmo a imprensa "isenta", simbolizada no Rio de Janeiro pelos jornais O Dia e Extra / O Globo, evoca essa esfera de ilusão, em que o comercialismo é uma ideia praticada de forma explícita, mas que no discurso é posta debaixo do tapete, fazendo com que o internauta médio entendesse a "cultura de massa" sempre como um processo tão natural quanto o ar puro de uma floresta. No entanto, por trás dessa propaganda dos festejos momescos há uma realidade muito triste. Pelo menos no Carnaval do Rio de Janeiro, embora casos semelhantes ocorram em o...