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IPHAN PROCURA PEDRA RARA PARA RESTAURAÇÃO DO CRISTO REDENTOR


Por Alexandre Figueiredo

Os técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), instituição que autoriza intervenções em patrimônios históricos, convocarão consultores internacionais para ajudarem na recuperação do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

A estátua, mundialmente famosa e que é um dos símbolos maiores da Cidade Maravilhosa, foi atingida por um relâmpago durante um temporal que atingiu a cidade no dia 16 de janeiro último e que teve nada menos que 40 mil raios caindo sobre a cidade, tempestade que surgiu depois de um forte dia de calor, muito comum nestas estações.

O relâmpago atingiu, curiosamente pela segunda vez, um dos dedos da mão direita da estátua, e a estátua já está sendo vistoriada por técnicos para verificar como serão os trabalhos de recuperação do patrimônio, tombado pelo IPHAN em 1973 e considerado patrimônio nacional da humanidade desde 2009.

A restauração, no entanto, exige um tipo de pedra muito raro, porque a opção mais acessível, de pedras-sabão extraídas nas jazidas das cidades mineiras de Ouro Preto e Mariana, possuem um tom escuro e descaraterizariam a estátua do Redentor.

Por isso, os técnicos do IPHAN procuram um tipo de pedra-sabão em cor verde-água clara, difícil de ser adquirida, por quase não serem mais encontradas na natureza. São pastilhas de pedra-sabão idênticas às que foram aplicadas na estátua durante sua construção, antes dela ser inaugurada em 1931. A estátua tem 38 metros de altura, incluindo os oito metros de seu pedestal.

Consultores internacionais serão contratados para fazer as pesquisas de busca do material, que substituirá todo o revestimento da estátua. Junto a eles, técnicos brasileiros do Centro de Tecnologia Mineral também acompanharão os trabalhos. Eles haviam feito estudos de revestimento do Redentor em 2010.

Neste ano, religiosos da Mirta Arquebiscopal tentam, junto aos especialistas do IPHAN, aprovar um plano plurianual de preservação do Cristo Redentor, monitorando o estado de conservação do monumento e estabelecendo diretrizes para trabalhos de limpeza e possíveis recuperações, se for o caso, como aliás é o que se refere à atual situação, causada pela tempestade.

Os trabalhos inicialmente estavam previstos para este mês. Mas o fato das peças para as tesselas do Cristo Redentor, equivalentes às originais, serem muito difíceis de encontrar, poderá causar demora nas pesquisas e nas buscas desse material para o novo revestimento do monumento.

FONTES: G1, O Dia.

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