Por Alexandre Figueiredo
Em reunião realizada no último dia 11, no Palácio Rio Branco, em Salvador, o Governo do Estado da Bahia e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) anunciaram um plano prevendo uma série de intervenções no Centro Histórico da capital baiana.
As intervenções envolverão a área do antigo centro da cidade, incluindo o entorno do Pelourinho e da Cidade Baixa, a Conceição da Praia, o Comércio, a Praça Castro Alves, Barroquinha, Nazaré, Lapinha, Santo Antônio e outros bairros vizinhos, que sofrerão obras de revitalização e recuperação.
O ato contou com a participação do governador da Bahia, Jacques Wagner, e do presidente da 7ª Superintendência Regional do IPHAN, Carlos Amorim, que assinaram documento prevendo a liberação de investimentos e a realização de obras.
Além destes, participaram da reunião os secretários estaduais da Casa Civil, Rui Costa, e do Desenvolvimento Humano, Cícero Monteiro, além do presidente em exercício da Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia), Ubiratan Cardoso, a diretora do Centro Antigo de Salvador (DIRCAS), Beatriz Lima, e autoridades e políticos estaduais.
No plano de revitalização, estão previstas recuperação de 23 monumentos, requalificação e urbanização de três vias localizadas na área envolvida, e a desapropriação de 328 imóveis que serão restaurados e aproveitados para melhor uso.
O recurso previsto é de R$ 430 milhões, dos quais R$ 265 milhões provenientes do PAC das Cidades Históricas, enquanto os R$ 165 milhões restantes são de responsabilidade do governo estadual baiano, em obras que incluirão também melhorias na iluminação, adequações de acessibilidade, medidas para melhoria do tráfego e contenção de encostas.
O IPHAN ainda aplicará R$ 142,10 para a recuperação de 23 monumentos históricos. Segundo Carlos Amorim, os monumentos escolhidos para recuperação adotaram como critério a localização e a situação atual de cada um, além da necessidade de realizar obras rápidas ou em monumentos que ainda não foram recuperados nos últimos anos.
O plano de revitalização, segundo Amorim e Wagner, não está voltado apenas ao âmbito turístico, mas também aos próprios moradores de Salvador, e a ideia é transformar áreas como o Pelourinho não como um museu aberto, mas como uma área dinâmica para o cotidiano dos soteropolitanos e outros frequentadores. O plano visa também reforçar a interação entre Cidade Alta e Cidade Baixa.
Fonte: IPHAN
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