Por Alexandre Figueiredo As gerações recentes não conhecem os grandes homens que fizeram alguma coisa pelo país. A memória curta, motivo de anedota durante a ditadura militar, no entanto é moeda de aposta da grande mídia, que, aparentemente em nome do "novo", menospreza as lições do passado. Desde a década de 90, marcada pelo entretenimento obsessivo, pelo pragmatismo do presente e pelo desprezo aos grandes ideais de transformação, tidos erroneamente como falidos, o culto à "memória curta", que tem a vantagem, para as elites, de resgatar personalidades duvidosas através da ocultação de seus erros, chega a ser defendido por setores reacionários da juventude. Exemplos de personalidades desprezadas pelo grande público são muitos. Apenas poucos iluminados conseguem admirá-los e seguir ou mesmo discutir e questionar seus legados, no saudável debate pelo aperfeiçoamento das idéias. Um deles é o antropólogo, etnólogo, educador e senador Darcy Ribeiro, que as gerações mais ...