Por Alexandre Figueiredo Um fenômeno preocupante nos últimos tempos é que o mainstream brasileiro, tomado de tendências popularescas ou simplesmente pop, passou a se impor, principalmente nas redes sociais, como uma pretensa vanguarda, através de um processo que envolve lacrações e falsas atribuições cult a fenômenos de "massa". É como se, na indigência cultural predominante no Brasil, até mesmo o mainstream mais rasteiro, no caso os ídolos brega-popularescos, tenha que se impor como alternativa a si mesmo, dentro de um contexto em que a Kuarup Discos torna-se complacente com ídolos brega-românticos e a cultura rock, no Rio de Janeiro, ter que apelar para a supremacia de uma emissora pop enrustida como a Rádio Cidade. Esse processo é uma retroalimentação do que já é massificado e convencional. Tenta-se usar o contexto das lacrações e repercussões de certos fenômenos, dentro do meio "independente" das mídias sociais, e essa agenda se recicla não só como um fenômen...