O ALCOOLISMO ERA TRATADO PELO DISCURSO "SEM PRECONCEITOS" DA BREGALIZAÇÃO COMO UMA CONSOLAÇÃO PARA OS DRAMAS DOS HOMENS POBRES, SOBRETUDO IDOSOS. Por Alexandre Figueiredo Seis anos depois da campanha do "combate ao preconceito", que forçava a aceitação da bregalização como suposta expressão "natural" das classes populares, seu grande equívoco veio à tona. A campanha que parecia receber unanimidade na centro-direita e, por proselitismo, em vários setores das esquerdas, abriu caminho para o golpe político de 2016. A bregalização envolve paradigmas que se encaixam perfeitamente no conceito de culturalismo conservador e no "racismo culturalista" estudados pelo sociólogo Jessé Souza. A ideia de que o povo pobre de países emergentes no Brasil deveria legitimar sua própria inferioridade social a partir do mito do "país cordial" de Sérgio Buarque de Hollanda, trazia paradigmas negativos associados às limitações sociais, culturais e ec...