Por Alexandre Figueiredo Em tempos de proximidade para o ingresso oficial a um quadro sócio-político ultraconservador, através da posse de Jair Bolsonaro, presidente eleito do Brasil, pergunta-se o que levou boa parte das periferias e do meio popularesco a aderirem de vez a esse cenário, quando imaginávamos que o nosso país respiraria progressivismo até nos momentos mais difíecis. Entre a provocatividade gratuita e o mau gosto da cafonice, todo o apelo de uma "cultura popular demais", que é o brega-popularesco, sinalizava um confuso, contraditório mas, de certo modo, persistente, processo de liberalização dos costumes, embora vários deles sigam paradigmas conservadores, como a objetificação do corpo feminino pelas "mulheres-frutas". O fracasso de todo um discurso comandado pelo trio central de propagandistas da bregalização cultural, o historiador Paulo César de Araújo, o jornalista Pedro Alexandre Sanches e o antropólogo Hermano Vianna, de "combater o...