Pular para o conteúdo principal

PRAÇA DE BELO HORIZONTE GANHA ESPAÇO CULTURAL



Exposição mostra detalhes do Circuito Cultural de Belo Horizonte

Por Alexandre Figueiredo

A Praça da Liberdade, um dos principais pontos paisagísticos de Belo Horizonte, passa a abrigar o Circuito Cultural, um projeto do governo de Minas Gerais em parceria com várias entidades da iniciativa privada. O espaço cultural foi inaugurado este mês, no dia 03, com a exposição "Praça da Liberdade: circuito cultural - arte e conhecimento". O governador mineiro Aécio Neves participou da abertura do evento.

O Circuito Cultural reunirá atividades de arte, ciência, cultura popular e lazer em museus, centros de memória, salas de exposição e de espetáculos, além de abrigar espaços para oficinas e cursos e contar com cafeterias, restaurantes e lojas. O circuito também tem como virtude reaproveitar os prédios históricos, adaptados especialmente às novas funções previstas no projeto.


Mapa divulgado mostra área do Circuito Cultural

São dez espaços que, no total, fazem parte do circuito. O Espaço do Conhecimento, em parte patrocinado pela Universidade Federal de Minas Gerais, é um deles. Há também o Museu das Minas e do Metal, o Memorial de Minas Gerais (patrocinado pela companhia Vale), o Centro de Arte Popular e o Centro de Apoio Turístico Tancredo Neves, conhecido como "Rainha da Sucata" (pela mistura de materiais utilizados em sua construção, em estilo pós-moderno) e onde abriga o Museu da Mineração, são outros centros integrantes. Além deles, fazem parte também os já tradicionais Palácio da Liberdade, Arquivo Público Mineiro, Museu Mineiro e a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Também integra o circuito a filial de Belo Horizonte do Centro Cultural Banco do Brasil.

O Palácio da Liberdade, a Biblioteca Luiz de Bessa, o Arquivo Público Mineiro, o Museu Mineiro e o Centro de Apoio Turístico passaram por um recente processo de revitalização, estando abertos diariamente ao público, excetuando-se o Palácio da Liberdade, que atualmente só abre suas portas ao público no último domingo de cada mês.

Por sua vez, o Espaço do Conhecimento, o Museu das Minas e do Metal, o Memorial de Minas Gerais, o Centro de Arte Popular e o Centro Cultural Banco do Brasil ainda estão em obras. Entre o Arquivo Público Mineiro e o Museu Mineiro, que passaram por reforma e modernização nos sistemas elétrico e hidráulico, também está em construção uma cafeteria para estimular o convívio social dos frequentadores.

Para abrigar a sede deste complexo cultural, todas as atividades de restauração e revitalização dos edifícios têm a supervisão do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA - MG) e os projetos relacionados foram aprovados pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte (CDPCM-BH), pela Secretaria Municipal de Regulação urbana (SMARU), do Conselho Estadual do Patrimônio (CONEP) e pela Secretaria do Meio Ambiente (SMAMA).

O complexo paisagístico da Praça da Liberdade foi construído na época da fundação de Belo Horizonte, em 1897. A Praça da Liverdade foi implantada numa esplanada artificial, obtida por meio dos cortes e aterros realizados no antigo Alto da Boa Vista, adaptando o lugar ao traçado urbanístico que foi proposto. Abriga o Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro.

A área envolve várias construções inauguradas entre as décadas de 1940 e 1980. É localizada na região do bairro de Savassi, uma das áreas nobres da capital mineira. A Praça da Liberdade foi reduto de acontecimentos e manifestações sócio-políticos mineiros e se situa entre quatro grandes avenidas da capital mineira: Cristóvão Colombo, João Pinheiro, Brasil e Bias Fortes.

FONTES: JB On Line, Wikipedia, Skyscrapercity, Blog Viamundo, Minas On Line.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A POLÊMICA DA HISTÓRIA DAS MENTALIDADES

Por Alexandre Figueiredo Recentemente, a mídia lançou mão da história das mentalidades para legitimar tendências e ídolos musicais de gosto bastante duvidoso. O "funk carioca", o pagode baiano, o forró-brega, o breganejo e outros fenômenos comerciais da música feita no Brasil sempre lançam mão de dados biográficos, de sentimentos, hábitos pessoais dos envolvidos, chegando ao ponto da ostentação da vida pessoal. Também são mostradas platéias, e se faz uma pretensa história sociológica de seus fãs. Fala-se até em "rituais" e as letras de duplo sentido - na maioria das vezes encomendada por executivos de gravadoras ou pelos empresários dos ídolos em questão - são atribuídas a uma suposta expressão da iniciação sexual dos jovens. Com essa exploração das mentalidades de ídolos duvidosos, cujo grande êxito na venda de discos, execução de rádios e apresentações lotadas é simétrico à qualidade musical, parece que a História das Mentalidades, que tomou conta da abordagem his

O RESSENTIMENTO "POSITIVO" DE UMA ESQUERDA FESTIVA E VIRA-LATA

ROGÉRIO SKYLAB ENTREVISTA O PARCEIRO MICHAEL SULLIVAN NO PROGRAMA APRESENTADO PELO PRIMEIRO, MATADOR DE PASSARINHO, DO CANAL BRASIL. Por Alexandre Figueiredo Estranha a esquerda que exerce o protagonismo nos governos de Lula. Uma esquerda não apenas de perfil identitário, o que já causa estranheza, por importar um culturalismo próprio do Partido Democrata, sigla da direita moderada dos EUA. É uma esquerda que prefere apoiar alguns valores conservadores do que outros, mais progressistas, mas vistos erroneamente como "ultrapassados". Trata-se de uma esquerda que, no ideário marxista, se identifica com o perfil pequeno-burguês. Uma "esquerda" de professores, artistas ricos, celebridades, socialites, jornalistas da grande mídia, carregados de um juízo de valor que destoa das causas esquerdistas originais, por estar mais voltado a uma visão hierárquica que vê no povo pobre um bando de idiotas pueris. Essa esquerda está distante do esquerdismo tradicional que, em outros t

OS TATARANETOS DA GERAÇÃO DA REPÚBLICA VELHA

Por Alexandre Figueiredo O que faz a elite que apoia incondicionalmente o governo Lula e obtém hábitos estranhos, que vão desde falar "dialetos" em portinglês - como na frase "Troquei o meu boy  pelo meu dog " - até jogar comida fora depois de comer cinco garfadas de um almoço farto, ser comparável às velhas elites escravocratas, fisiológicas e golpistas do passado, incluindo a "cultura do cabresto" das elites da República Velha? Apesar do verniz de modernidade, progressismo e alegria, a elite que obteve o protagonismo no cenário sociocultural comandado pelo atual mandato de Lula - que sacrificou seus antigos princípios de esquerda preferindo artifícios como a política externa e o fisiologismo político para obter vantagens pessoais - , trata-se da mesma sociedade conservadora que tenta se repaginar apenas expurgando os radicais bolsonaristas, hoje "bodes expiatórios" de tudo de ruim que aconteceu na História do Brasil. A mediocrização cultural, a