Por Alexandre Figueiredo Qual a relação entre o suposto "combate ao preconceito" que a ideologia brega-popularesca propagou há mais de 15 anos com o incêndio que atinge boa parte da floresta amazônica atualmente? Muita coisa, se levarmos em conta que a bregalização cultural tirou o povo pobre do protagonismo, isolando os governos progressistas a ponto de abrir caminho para a retomada ultraconservadora que se iniciou em 2016 e se consagrou na vitória de Jair Bolsonaro em 2018. A bregalização cultural já foi um projeto mais discreto, motivado pelas relações entre as oligarquias midiáticas e mercadológicas e setores do poder midiático de São Paulo. Fenômenos como o cantor cafona Orlando Dias - espécie de Luan Santana para o contexto de 1958-1963 - e o apresentador Jacinto Figueira Júnior - atração popularesca, em 1964, estranhamente lançada pela TV Cultura de São Paulo, emissora educativa dos Diários Associados - eram alguns exemplos dessa fase. Depois cresceram...