Por Alexandre Figueiredo O falecimento do poeta Fernando Brant, parceiro de muitas canções de Milton Nascimento e um dos membros mais atuantes do movimento mineiro Clube da Esquina, causou um impacto negativo de nossa MPB em crise. Ao nos deixar, no último dia 12, com 69 anos incompletos devido a uma doença no fígado, ele deixou também uma grande lacuna para a Música Popular Brasileira. Ele morreu diante de um cenário de crise que assola a MPB, que hoje se divide no avanço predatório da bregalização dos "sucessos populares", claramente comerciais, e uma elitização que faz a MPB autêntica se congelar em tributos e eventos de gala, praticamente congelando seu potencial criativo. Um exemplo claro é Maria Bethânia. Com todas as suas virtudes, seu talento e sua desenvoltura no palco, ela tornou-se rotineira, e o fato dela ser um dos poucos nomes emepebistas a alcançar o grande público não resolve o problema da MPB paralizada nos seus clichês e banalidades. Precisa-se de...